Em Busca de Balzac: Uma Obsessão
Nos derradeiros oito anos da sua existência,
atormentado pelo periclitante destino da Europa – primeiro engolida pela
voragem dos fascismos, depois pela guerra mundial, a segunda em pouco mais de
vinte anos –, Zweig embrenhou-se no trabalho que idealizou toda a vida, uma
biografia do monumental Balzac. Na verdade, já por duas vezes tacteara esse
empreendimento hercúleo. Primeiramente, enquanto divulgador da literatura
francesa em Viena, na juventude, com um ensaio intitulado “Os livros
subterrâneos de Balzac”, inserido na colectânea Encontros: Impressões Sobre
Livros e Escritores[1].
Posteriormente, no primeiro volume do seu projecto biográfico integrado Os
Construtores do Mundo[2],
denominado Três Mestres: Balzac, Dickens, Dostoiévski, dedicado aos
grandes autores do realismo oitocentista.
Este interesse continuado por Balzac só é
perceptível se entendermos a importância deste para a geração de Zweig.
Paralelamente ao decadentismo e ao simbolismo, surgiu na Viena fin de siècle
um movimento de raiz heterogénea que pretendia combinar os interesses sociais
do realismo naturalista com elementos psicológicos, de cariz simbolista, sem
esquecer a crescente influência recebida do trabalho de Freud no campo sexual e
onírico. A obra de escritores como Arthur Schnitzler, Hugo von Hofmannsthal e,
claro está, Stefan Zweig, seria norteada por estes princípios estéticos. Assim
sendo, para esta geração, Balzac surgia como o seu primeiro antecessor, o homem
capaz de combinar a análise social em larga escala com uma fina análise
psicológica para criar todo um mundo ficcional com intrínseca relação de interdependência
interpretativa da realidade histórica. Ademais, a importância capital que
Balzac, autor de A Mulher de Trinta Anos, relegou ao papel, tantas vezes
negligenciado, da mulher, as suas vivências, anseios e frustrações, seria outro
ponto de encontro com Zweig, autor de Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma
Mulher.
Viena no final do século XIX |
Devido ao carácter deambulatório dos seus
últimos anos de vida – exilando-se preventivamente após a ascensão de Hitler ao
poder, primeiro, no Reino Unido, em Londres e Bath; de seguida nos Estados
Unidos, em Nova Iorque; e, por fim, no Brasil, em Petrópolis –, a concepção do Balzac
acompanhou o percurso de Zweig, estando sujeita a interrupções de vária ordem.
As constantes mudanças de domicílio a que se viu obrigado alongaram a escrita,
devido a dificuldades em aceder ao material de pesquisa acumulado. Ademais,
outros trabalhos mais urgentes vieram desviar a atenção de Zweig, nomeadamente a
autobiografia O Mundo de Ontem (1941), e a Novela de Xadrez
(1942). À medida que ia escrevendo, Zweig ia acrescentando material à obra, apercebendo-se
cada vez mais da complexidade de um personagem histórico tão ecléctico como
Balzac. Não é, pois, de estranhar que esta seja a biografia mais extensa que
produziu. Contudo, quando estava já perto de a finalizar, a depressão de que
sofria há já alguns anos rompeu com a sua vontade de viver, e acabaria por se
suicidar, juntamente com a esposa, a 22 de Fevereiro de 1942. A conclusão do Balzac
ficaria a cargo do editor, e amigo pessoal de Zweig, Richard Friedenthal, que
alinhavou as pontas soltas da obra e terminou os últimos capítulos,
publicando-o em 1946. Quatro anos depois, a biografia apareceria publicada em
Portugal, pela mão da Livraria Civilização Editora, com tradução de Mário
Domingues.
Stefan Zweig e a segunda esposa, Lotte Altmann |
Tendo nascido numa época fortemente dominada
pelo pensamento freudiano, Zweig prima pela análise psicológica dos seus
biografados, traçando um perfil coerente, com base nas obras, cartas,
pensamentos e palavras do próprio alvo de estudo. Esta constitui a principal
mais-valia do Balzac: O Romance da Sua Vida, que, tal como o próprio
subtítulo indica, pretende apresentar a vida do escritor como se de um romance,
sob a forma de uma narrativa factual, se tratasse. Paralelamente ao precioso
manancial de informação contido na cronologia, índice de obras publicadas e
bibliografia actualizada, à época, somos presenteados com um esboço impressivo
da evolução pessoal, e literária, do autor de A Comédia Humana.
“Um Honoré de Balzac”
Deste modo, tomamos conhecimento do seu
nascimento a 20 de Maio de 1799, em Tours, em pleno alvoroço das campanhas
napoleónicas, no seio de uma família da pequena burguesia, em franca ascensão
social devido ao lucrativo comércio dos fornecimentos ao Grande Armée. O
pai, Bernard-François Balzac, oriundo de uma família de camponeses, destinado
originalmente à vida eclesiástica, abandonando-a, durante a Revolução, em prol
de uma posição ascendente na Comuna revolucionária. A mãe, Anne Charlotte
Sallambier, filha de uma família da pequena burguesia ligada à banca,
nomeadamente ao Banco Doumerc. As suas origens pequeno-burguesas, em perpétua
busca do lucro, alicerçado no trabalho árduo, e a admiração ambiciosa pela
grandeza, preocupação transcendental de seus pais, marcarão profundamente
Balzac. Sobretudo a mãe, célebre pelo controlo mesquinho de todas as despesas
até ao último sou (a mais baixa unidade monetária francesa no século
XIX), bem como pelas sucessivas tentativas de gestão da vida pessoal de Honoré,
fá-lo afirmar: “minha mãe é a causa de todas as desgraças da minha vida”
(ZWEIG, p. 17).
Balzac na juventude, por Achille Devéria (1820) |
A busca pela independência financeira face à
família cedo se evidenciou na vida de Balzac. Após terminar o bacharelato em
Direito, vai trabalhar como notário em diversas casas comerciais. Contudo, as
suas sensibilidades artísticas revoltam-se contra o ofício metódico e árido dos
cartórios, fazendo Honoré afirmar, “se eu aceito um emprego, estou perdido”,
isto porque, crê que se tornará “um caixeiro, uma máquina, um cavalo de circo,
que dá as suas trinta ou quarenta voltas, bebe, come e dorme a horas
determinadas”; sobretudo, tal como a Kafka, é a mediocridade de tal vida que o
atormenta, “serei como toda a gente”, confessa (ZWEIG, p. 48). Surge então uma
vontade, uma ânsia, de adquirir fortuna, que se manifestará ao longo de toda a
sua vida, com o intuito de o libertar daquilo que considera ser a escravatura
do trabalho regular mundano.
Após a concepção de uma tragédia falhada, sua
primeira obra literária, em 1820, o Cromwell, Balzac envereda pelo
romance, doravante o seu género ficcional de eleição, de forte inspiração
walpoliana, com elementos baseados no gótico de Ann Radcliffe, muito em voga
junto do público de então, com o único intuito de enriquecer. Como tal empreendimento
não fosse suficientemente lucrativo, tenta diversificar as suas fontes de rendimento
através de um malogrado investimento na edição das obras completas de La
Fontaine e Molière em volumes únicos ilustrados. Optimista inveterado, decide
criar, então, uma tipografia, para compensar as perdas do anterior
investimento, seguro de que a actividade editorial é o novo filão de ouro.
Quando também a tipografia falha, devido à sua gestão megalómana e
desproporcionada, volta uma vez mais à liça, desta feita criando uma fundição
de tipos. Dado que a editora e a tipografia faliram, será a produção de tipos
de letras de chumbo, para as casas tipográficas, que o irá salvar. Inevitavelmente,
esta terceira via falha redondamente, deixando-o com uma dívida que ascendia
aos 100 mil francos e transformando-o num especialista na Arte de Pagar as
Suas Dívidas e de Satisfazer os Seus Credores Sem Gastar Um Cêntimo, ensaio
publicado na sequência da sua falência tripartida.
Balzac na maturidade (1840) |
Todavia, nem mesmo isto impedirá Balzac de, em
momentos posteriores, tentar um enriquecimento fácil. Primeiro virá a aposta no
jornalismo, em 1836, através do periódico legitimista La Chronique de Paris,
com o fito de auferir dividendos políticos. 1838 verá Balzac aventurar-se na
especulação imobiliária, em Sèvres, antecipando a construção da linha de
caminhos-de-ferro Paris-Versalhes; bem como na tentativa de exploração das
antigas minas romanas de prata da Sardenha. Por fim, apostará, ainda, entre
1841-42, na produção teatral em larga escala, com as peças: Vautrin, Les
Ressources de Quinola, Pamélia Giraud e Le Faisseur (Mercadet).
Escusado será dizer que, em todos estes projectos, Balzac viu as suas
expectativas goradas.
A caminho de A Comédia Humana
Chegado aos 29 anos, olha em perspectiva a sua
vida, repleta de grandes intentos falhados, e apercebe-se da inutilidade do seu
multifacetado labor. Decide, então, servir-se de toda a experiência de vida
acumulada, de todas as agruras por que passou, de todas as pessoas que
conheceu, transversais aos diversos estratos sociais, de todas as múltiplas
existências que observou, como combustível para aquilo que é a sua verdadeira
vocação, a produção literária. Sempre megalómano, Balzac compara-se a Napoleão
e afirma, “concluirei com a pena o que ele iniciou com a espada” (ZWEIG, p.
107). Tem agora uma missão, e não recuará perante nada para a concluir, “ser
historiador da sua época, psicólogo e fisiologista, pintor e médico, juiz e
poeta deste monstruoso organismo que se chama Paris, França, o Mundo” (ZWEIG,
p. 119).
Abandonando o romance gótico, envereda pelo
romance histórico, ao estilo de Walter Scott, com Les Chouans, que
retrata a revolta monárquica anti-Consolado de 1799. Segue-se um estudo
ensaístico do casamento, La Physiologie du Mariage, que lhe granjeará
fama, a nível nacional, da noite para o dia. São os primeiros passos de uma
produção incessante de cerca de dezanove anos em direcção a um projecto que
tomará forma a cada novo romance, a cada nova novela, a cada novo conto e
ensaio analítico e filosófico, A Comédia Humana. Progressivamente, o
estilo narrativo de Balzac aprimora-se, baseado numa grande capacidade de
observação do mundo envolvente, usando como lastro todas as suas experiências
passadas, as vividas, e as outras, tantas, imaginadas, caminhando em direcção a
um realismo cada vez menos romantizado, porque cada vez mais fidedigno. Será
esta a essência de A Comédia Humana, com a qual funda, de uma penada, um
novo movimento literário, o realismo.
1ª Ed. de La Comédie Humaine em 20 volumes (1842-1855) |
No prefácio à primeira edição da obra, afirma
que “a sociedade francesa devia ser o verdadeiro historiador e eu apenas o seu
secretário”. O seu propósito será o de “escrever a história esquecida por
tantos historiadores, a dos costumes”. Com vista a alcançar tal intento, é
necessário, pois, elaborar um “inventário dos vícios e virtudes, reunindo os
principais feitos das paixões, escolhendo os principais acontecimentos da sociedade,
compondo tipos pela junção de traços de vários caracteres congéneres” (ZWEIG,
pp. 387-88). Para a publicação deste monumento literário, o mais extenso da
história, será necessário o apoio tripartido dos editores Dubochet, Furne e
Hetzel, após contrato firmado a 14 de Abril de 1842. Reunindo quase todas as
suas obras precedentes, revistas para melhor se harmonizarem com um propósito
agregador mais vasto, La Comédie Humaine encontra-se dividida em três
partes: “Estudos de Costumes no Século XIX”, subdivididos em “Cenas da Vida
Privada”, “Cenas da Vida de Província”, “Cenas da Vida Parisiense”, “Cenas da
Vida Política”, “Cenas da Vida Militar”, “Cenas da Vida de Aldeia”; “Estudos
Filosóficos” e “Estudos Analíticos”.
Segundo um plano gizado em 1838, Balzac
pretende que os “Estudos de Costumes” representem todas as facetas do social,
“sem que nenhuma situação da vida, nenhuma fisionomia, nenhum carácter de homem
ou mulher, nenhuma maneira de viver, nenhuma profissão, nenhuma zona social,
nenhuma região francesa, nem o que quer que seja da infância, da velhice, da
idade madura, da política, da justiça, da guerra, seja esquecido”. Estabelecida
a base, isto é, os efeitos do problema social, é altura de se estudarem as suas
causas. Se nos “Estudos de Costumes” estudava “os sentimentos e a sua actuação,
a vida e as suas consequências”, nos “Estudos Filosóficos” debruçar-se-á sobre
o “porquê dos sentimentos, e «sobre o quê» se fundamenta a vida; qual é a
parte, quais as condições além das quais nem a sociedade, nem o homem existem”.
“Depois dos efeitos e das causas devem procurar-se os princípios”, assim avalia
a utilidade dos “Estudos Analíticos”, nos quais tenta discernir a autoria de
todos os processos sociais (ZWEIG, p. 212).
Tão impressionante quanto a dimensão
gigantesca deste projecto literário, são as condições em que foi levado a cabo.
Presa de uma incessante necessidade de se elevar socialmente, Balzac tinha por
hábito rodear-se de luxos e de extravagâncias que chocavam pelo exagero. São
disso prova a sua bengala de castão de ouro cravejado de pedras preciosas,
famosa em toda a Paris, os fatos dos melhores alfaiates, as residências
luxuosamente decoradas, e as colecções de antiguidades que acumulou.
Semelhantes exageros vieram apenas engrossar as suas dívidas, que já eram
substanciais, dados os desastres financeiros prévios. Contudo, até destas
condições adversas Balzac foi capaz de tirar proveito, pois, tal como o próprio
confessa, “ as minhas melhores inspirações brilharam sempre nas horas de
extrema angústia” (ZWEIG, p. 192). Assim, para antecipar os lucros com a
publicação das suas obras e tentar cumprir as exigências dos credores, vê-se
forçado a escrever a um ritmo alucinante. Um dia na vida de Balzac continha,
frequentemente, jornadas de dezasseis horas de trabalho. Levantando-se à
meia-noite, trabalhava sem interrupções, até às 8h da manhã, na obra que
tivesse em mãos. Após pausa para pequeno-almoço, das 9h às 12h dedicava-se à
revisão de provas tipográficas, dos capítulos enviados para o prelo no dia
anterior, que, não raras vezes, eram alterados ao ponto de requererem nova
impressão. Após um almoço leve, o espaço entre as 13h e as 17h era dedicado à
correspondência, fosse ela de cariz particular, ou de negócios, bem como à
escrita de ensaios e artigos de jornal. Não raras vezes, entre as 17h e as 20h,
dedicava-se a pequenas visitas ou recepções sociais, deixando-o, apenas, com quatro
horas de repouso.
Provas tipográficas de Os Funcionários, corrigidas por Balzac |
Depois de todos os seus empreendimentos
comerciais e financeiros falharem, Balzac, o “químico da vontade”, segundo a denominação
de Zweig (ZWEIG, p. 26), pretendeu orientar a sua vida pela fórmula, “uma
mulher e uma fortuna”. Ocupado com a concepção da sua interminável A Comédia
Humana, ainda arranjou tempo para se relacionar com as aristocratas,
senhora de Berny e condessa Guidoboni-Visconti, que lhe apararam vários dos
desastres financeiros mais significativos. Não se deixando toldar por algo tão
pouco lucrativo como o amor, tenta contrair matrimónio com mulheres abastadas,
nomeadamente com mademoiselle Trumilly e com a baronesa Deurbroucq. Mas até
mesmo o maquiavélico amoroso cai nas malhas que tanto tentou tecer para outras,
enamorando-se pela condessa polaca Ewelina Hanska. Ávida leitora de Balzac, a
própria condessa enceta correspondência com o seu ídolo literário e os dois
iniciam uma relação platónica, imune à longa distância que os separa e ao
casamento dela. O matrimónio posterior com a condessa, algum tempo após a morte
do seu esposo, foi o coroar de todas as aspirações de Balzac: a relação amorosa
oficializada, uma bela mulher aristocrática, e uma fortuna a acompanha-la em
dote.
Ewelina Hanska (1805-1882) |
Seria, todavia, solo de pouca dura. Quando a
morte o apanhou, cinco meses depois, a 18 de Agosto de 1850, foi encontrada uma
lista que continha a totalidade dos seus planos literários. Das 144 obras
planeadas, apenas 91 foram terminadas, deixando de lado todo um manancial parcialmente
perceptível através da consulta dos seus títulos. Assim:
“O
primeiro romance deveria intitular-se As Crianças, o segundo e o
terceiro Um Pensionato de Meninas e Um Internato de Rapazes de Liceu;
o mundo do teatro teria o seu volume; a diplomacia, os ministérios e os sábios,
as eleições e as manobras dos partidos na província e na cidade deviam surgir
com todas as suas técnicas. Em mais de doze romances, dos quais só foi escrito Les
Chouans, devia ser cantada a Ilíada do exército francês durante a época de
Napoleão: os franceses no Egipto, as batalhas de Aspern e de Wagram, os
ingleses no Egipto, em Moscovo e Leipzig, a campanha da França até os pontões e
os soldados franceses no cativeiro. Ao lavrador seria dedicado um volume, ao
juiz outro e um terceiro ao inventor. E, acima destes estudos analíticos, uma Pathologie
de la vie sociale, uma Anatomie des Corps enseignants e um Dialogue
philosophique et politique sur la perfection du XIXe siècle” (ZWEIG, pp.
389-90).
Apreciações Finais
Todavia, tal como todas as biografias, também
a de Zweig tem os seus pontos menos positivos. Em primeiro lugar, a perspectiva
psicológica de análise do biografado, que tanto seduz nesta obra, constitui,
por vezes, um factor negativo. Não raras vezes Zweig emite apressadamente
juízos de valor, para os quais não apresenta documentação que o suporte. Exemplo
disso é a crítica à condessa Hanska, por não estar presente no momento do
falecimento de Balzac, esquecendo-se de mencionar, tal como demonstra André
Maurois em Prometeu ou a Vida de Balzac, a sua assiduidade junto do
leito do esposo nas semanas antecedentes. Em segundo lugar, o constante recurso
de Zweig por uma explicação biográfica das obras balzaquianas reduz a liberdade
criativa do autor e não tem em conta as suas opções artísticas. Por último,
provavelmente devido ao estado incompleto do Balzac aquando da morte de
Stefan, os excertos e transcrições epistolares e ficcionais utilizados nunca
são devidamente referenciados, o que dificulta a verificação e confrontação de
fontes. A título de amostra, quando Balzac se queixa da mãe (p. 17), fá-lo numa
carta à senhora Hanska, mas não sabemos nem a data, nem a localização da fonte
primária ou secundária; e, quando fala dos seus planos para A Comédia Humana
(p. 212), numa carta de 26 de Outubro de 1838, não nos é dito a quem é dirigida
e, claro, muito menos a sua proveniência.
Referências
ZWEIG, Stefan (1971) – Balzac: O Romance da Sua Vida. 4.ª ed. Trad.
de Mário Domingues. Porto: Livraria Civilização Editora.
MAUROIS, André (1967) – Prometeu ou A Vida de Balzac. Trad. Augusto Abelaira. Lisboa: Editorial Estúdios Cor.
[1] ZWEIG,
Stefan (1938) – Encontros: Impressões
sobre Livros e Escritores. Trad. de Maria de Castro Henriques Osswald.
Porto: Livraria Civilização Editora.
[2] O
segundo volume é dedicado ao Combate com
o Demónio: Hölderlin, Kleist, Nietzsche; o terceiro aos Três Poetas da Própria Existência: Casanova,
Stendhal, Tolstói; e o quarto à Cura
Pelo Espírito: Introdução Geral a Mesmer, Mary Baker-Eddy, Freud.